terça-feira, 8 de junho de 2010

Despedida


Por mim, e por vós, e por mais aquilo que está onde as outras coisas nunca estão, deixo o mar bravo e o céu tranqüilo: quero solidão.

Meu caminho é sem marcos nem paisagens.

E como o conheces? - me perguntarão. - Por não ter palavras, por não ter imagens. Nenhum inimigo e nenhum irmão.

Que procuras? Tudo.Que desejas? - Nada.

Viajo sozinha com o meu coração.

Não ando perdida, mas desencontrada. Levo o meu rumo na minha mão.

A memória voou da minha fronte.

Voou meu amor, minha imaginação...

Talvez eu morra antes do horizonte.

Memória, amor e o resto onde estarão? Deixo aqui meu corpo, entre o sol e a terra.

(Beijo-te, corpo meu, todo desilusão! Estandarte triste de uma estranha guerra...)

Quero solidão.

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