Por mim, e por vós, e por mais aquilo que está onde as outras coisas nunca estão, deixo o mar bravo e o céu tranqüilo: quero solidão.
Meu caminho é sem marcos nem paisagens.
E como o conheces? - me perguntarão. - Por não ter palavras, por não ter imagens. Nenhum inimigo e nenhum irmão.
Que procuras? Tudo.Que desejas? - Nada.
Viajo sozinha com o meu coração.
Não ando perdida, mas desencontrada. Levo o meu rumo na minha mão.
A memória voou da minha fronte.
Voou meu amor, minha imaginação...
Talvez eu morra antes do horizonte.
Memória, amor e o resto onde estarão? Deixo aqui meu corpo, entre o sol e a terra.
(Beijo-te, corpo meu, todo desilusão! Estandarte triste de uma estranha guerra...)
Quero solidão.
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